"Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai". Rom 8:15
" Abba, nome siríaco (ou aramaico), que significa Pai. Este nome às vezes é empregado essencialmente, como na Oração do Senhor (Pai Nosso); secundariamente, em sentido pessoal (como em Mt 11.25). Pois Deus é o Pai de Cristo por natureza, e dos cristãos por adoção e graça. Cristo é chamado Pai eterno (Is 9.6), porque Ele nos regenera sob o Novo Testamento. Deus é também chamado Pai das Luzes (Tg 1.17), porque Deus habita na luz inascessível (1Tm6.16) e é o autor não somente da luz do sol, mas também de toda luz, tanto da razão natural quanto da graça sobrenatural, que ilumina todo homem que vem ao mundo. Este nome nos ensina primeiro, que todos os dons que recebemos de Deus procedem simplesmente do Seu amor paternal; segundo, que nós também devemos amá-lO como filhos queridos; terceiro, que, em todas as nossas necessidades e dificuldades, podemos ousar clamar a Ele como Pai por ajuda e socorro." Lewis Baylly A Prática da Piedade
Segundo algumas opiniões que já ouvi, salvo melhor juízo, a Oração que Nosso Senhor nos ensinou é apenas um padrão para ser seguido e não repetido, todavia, se o próprio Deus nos deu um modelo de oração, o que poderia ser melhor do que o próprio modelo?!
Não quero dizer que não devamos tentar orar também com as nossas palavras seguindo a orientação do Senhor, mas sempre com a esperança de que o Espírito fale por nós, porque nós sabemos o que queremos mas somente Deus sabe o que é bom para nós.
O nosso amado apóstolo, conduzido pelo Espírito da Verdade, nos ensinou que “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” 2 Timóteo 3:16 Sendo assim, nada do que está nas Sagradas Escrituras é exclusividade desta ou daquela denominação. Portanto, que ninguém conceda a outrem o monopólio da oração que o próprio Deus, encarnado, nos ensinou. Ou até pior – deixe de praticar aquilo que nos foi ensinado por Deus, porque outros assim o fazem.
E não ousem insinuar que quando Nosso Senhor falou sobre “vãs repetições” em Mateus 6:7 Ele também se referia a Suas Próprias Palavras que ainda seriam ditas 2 versículos depois - Luz para nossos pés, lâmpadas para nossos caminhos - pois Nosso Senhor falava daquelas que são “frases vazias” (NVT) ditas por homens que acreditam que “por muito falarem, serão ouvidos” (ARC). Quem repete as palavras de Nosso Senhor com sinceridade na adoração não repete palavras vazias e certamente será ouvido!
Eu me regozijo em repetir as palavras de Nosso Senhor, “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca.” Salmos 119:103
Agostinho, o santo de Hipona, nos ensinou sobre as 7 súplicas do Pai Nosso, as três primeiras petições a Nosso Deus e as outras 4 ao homem, todavia, não ao "eu", mas a nós, o Pai Nosso é também a oração intercessora de um filho de Deus em favor de todos os seus irmãos em Cristo.
¹¹ Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. ¹² Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos FILHOS DE DEUS: aos que creem no seu nome, ¹³ os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. Jo. 1:11-12
Bendito seja sempre nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensinou esta oração que já se inicia, não com uma petição ou súplica, mas com esta enorme Benção concedida a todo aquele que nEle crê: o poder de chamar de Pai, Nosso Santo Deus que está nos céus (Jo 1:12)
“Pai Nosso que estás no Ceú” – quem, sendo seu filho, não se regozijará em repetir esta grande benção todos os dias de sua vida?!
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