A frase entre os aspas no título é do poeta romano Juvenal cuja tradução seria "Quem há de vigiar os próprios vigilantes, ou guardar os guardiões, fiscalizar os fiscalizadores e similares...
Não faz muito tempo, os internautras podiam postar comentários em cada reclamação no site Reclame Aqui , essa participação corroborava muito com a credibilidade do site, todavia passaram a não permitir mais a colaboração de outros consumidores nas reclamações.
Á propósito, há pouco tempo também que já não levo em conta as reputações do Site Reclame Aqui para avaliar uma empresa que ainda não conheço e com a qual pretendo negociar, mas apenas e tão somente o testemunho dos consumidores em cada reclamação no próprio Reclame Aqui ou nas avaliações do Google Maps. Isso porque não é nada raro nos depararmos com uma empresa de "boa reputação" no Reclame Aqui mas que no entanto ostenta dezenas e dezenas de reclamações diárias, e até mesmo algumas com um altíssimo índice de VR/h = várias Reclamações por hora - que quando respondidas o são raríssimas vezes e através de respostas automáticas. Mas se o testemunho de cada consumidor é coisa que ainda podemos constatar em quantidade e qualidade seja no referido Site, no Google, nas redes sociais e na internet em geral, ao nos apresentar certas e supostas "boas reputações" é como se o Reclame aqui nos repetisse a velha e conhecidíssima pergunta, retórica creio eu, de Groucho Marx: "Afinal, você vai acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?"
É de tais fatos que se constatam, que pela velha, boa e simples lógica do senso comum que nos vem a indagação: será que o Reclame Aqui se utiliza de critérios outros, que não conhecemos, ao avaliar suas colegas, as empresas? Será que "Boa Reputação" do ponto de vista do Reclame Aqui não é exatamente uma boa reputação perante os consumidores? É o que parece, já que a avaliação do Reclame Aqui não reflete em nada àquela expressa nas manifestações dos consumidores no próprio site e à propósito, tal discrepância nos faz lembrar de uma outra expressão Latina "cui bono"?
Concluindo e parafraseando o poeta romano: quem reclamará do Reclame Aqui? Não sou nada a favor de um Estado inchado, mas ele se faz necessário em certas funções. A prerrogativa de se "avaliar" publicamente uma empresa privada comprometendo sua reputação perante a opinião publica e por outro lado, podendo induzir consumidores a erro JAMAIS deveria ser concedida a outra empresa privada, que por sua natureza tem por fim principal o LUCRO, essencial à sua sobrevivência.
Em certas posições de poder, (e julgar é poder) já diziam os cézares - Não basta ser honesto, é míster também parecê-lo.
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